domingo, 11 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
chasing
é tarde, estou cansada, acabei agora de estudar, mas ainda assim sentia necessidade de vir aqui desabafar, já que nao o fazia ha muito tempo e porque, por vezes, o que dizemos e transparecemos para as outras pessoas nao é o que realmentee sentimos.
gostava de saber porque é que quando andamos felizes há sempre alguma coisa que nos destrona. nao que me sinta terrivelmente deprimida, mas acho que há determinados problemas que nem sequer deviam ser levantados quando nos sentimos bem OUTRA VEZ. nao sei em quem deva confiar a minha volta (claro que os melhores estao sempre la), nao sei como reagir em relaçao a algumas pessoas. nao sei quando merecem o meu melhor sorriso ou um pequeno sinal para que se afastem. sinto-me confusa e perdida num mundo novo, nunca demasiado certa quanto ao agir e sentir. sinto falta das pequeninas coisas que preenchiam o meu dia e, quando começo novamente a encontrar um rastilho escondido de felicidade, há um duvida que se sobrepoe e me enche a cabeça com medos ridiculos. tenho aquela vontade desesperada de chorar e libertar tudo. sentimos que devemos desabafar mas, quem nos irá compreender?
a vida esta cheia de pequeninas e novas descobertas, tontos mas perfeitos sentimentos.
queria que soubesses que tudo já passou, nem sequer me sinto confusa quanto ao assunto de que falámos noutro dia. nada, o passado está no respectivo lugar, guardado com carinho, mas com um olhar futurista. sei que vais ajudar-me a ultrapassar isto e sei também que aquilo que existe irá ser valorizado um dia. "sem prazo certo. nao te vou dar dias, semanas, ou meses. apenas, pode acontecer". olha bem a tua volta por favor e diz-me se nao valerá a pena ;)
should i give up or should i just keep chasing pavements, even if it leads no way?
sexta-feira, 11 de abril de 2008
beginning
é duro de perceber que já nao temos aquela pessoa, que tinha todas as possibilidades de partilhar uma VIDA contigo. é verdade, custa imenso, magoa muito nos tempos iniciais. nao há aceitação nem sequer conformação que acabou. mas a verdade é que "é o fim que prova que existiu um principio". inicio este que foi glorioso, curioso, ansioso. mas que se foi desmoronando, fartando, cansando com o tempo.
já passei para a segunda fase, estou a aceitar uma vida sozinha, mas nem por isso pior. é com a dor e o sofrimento que aprendemos e crescemos. tudo seria demasiado fácil se fosse sempre como queremos, nao teriamos finalidades nem sequer propositos.
IMPOSSIBLE IS NOTHING.
"Não se trata de esquecer. O que importa é aprender a lembrar e, ao mesmo tempo, estar livre do passado. (...)"
"E, não obstante, crescia dentro de ti a inexplicável evidência de que o caminho merecera a pena, de que, mesmo quando alguém não encontra o que procura, o trabalho sempre deixa um fruto. Deverias sentir-te decepcionado e, no entanto, não havia em ti nem rasto de decepção. (...) Dela estavas aprendendo que as dúvidas e incertezas às vezes podem ser tão valiosas como as seguranças e a certezas. Vagamente, começavas a aceitar que nem sempre as perguntas conduzem a respostas, sem deixarem por isso de serem importantes..."
Miguel Vasquéz Freire, "Anjos em Tempo de Chuva"
já passei para a segunda fase, estou a aceitar uma vida sozinha, mas nem por isso pior. é com a dor e o sofrimento que aprendemos e crescemos. tudo seria demasiado fácil se fosse sempre como queremos, nao teriamos finalidades nem sequer propositos.
IMPOSSIBLE IS NOTHING.
"Não se trata de esquecer. O que importa é aprender a lembrar e, ao mesmo tempo, estar livre do passado. (...)"
"E, não obstante, crescia dentro de ti a inexplicável evidência de que o caminho merecera a pena, de que, mesmo quando alguém não encontra o que procura, o trabalho sempre deixa um fruto. Deverias sentir-te decepcionado e, no entanto, não havia em ti nem rasto de decepção. (...) Dela estavas aprendendo que as dúvidas e incertezas às vezes podem ser tão valiosas como as seguranças e a certezas. Vagamente, começavas a aceitar que nem sempre as perguntas conduzem a respostas, sem deixarem por isso de serem importantes..."
Miguel Vasquéz Freire, "Anjos em Tempo de Chuva"
domingo, 6 de abril de 2008
saudades... desculpa
AUSÊNCIA, SAUDADES. é isto que sinto. fazes-me falta, como nunca ninguém fez até hoje. sinto-me sozinha e vazia. sempre te disse que se me deixasses nunca voltaria a ser a mesma e é isso que vejo acontecer comigo. estou a tornar-me outra pessoa, mais forte, mais segura de si própria, mais confiante, mas não gosto dessa mudança, uma vez que só ocorreu por causa de uma separação. nao gosto daquilo em que me estou a tornar, mas tens de compreender que, por muito que pareça que estou bem, estou a cair cada vez mais, nao sei onde vou parar. nada tem feito sentido, sinto-me perdida. sei que só contigo atinjo a felicidade plena, mas desculpa, tenho de procurar uma maneira de contrariar aquilo que estou a sentir, já que nao consigo esquecer. preciso de ti, mas não dá para voltar atrás, nem por ti nem por mim. escorregaste-me, mudaste, estás uma pessoa nova, nao tao sensivel e "cor-de-rosa" como te tornaste comigo. estás diferente, e custa olhar para ti, lágrimas nos olhos, e ver que me esqueceste, ou pelo menos, senti-lo. custa muito observar uma mudança cada vez mais acentuada no "nós" que existia, uma mudança em mim e em ti. queria que tudo fosse como antes, mas receio que da maneira que aparentas estar e ter esquecido, nao dê para voltar atrás. sabes que voltaria se existisse aquela outra pessoa, mas nao posso sujeitar-me a magoar-me tanto como me magoei ultimamente. se calhar se pudesse voltar atrás, teria mudado algumas coisas. mas sabes que dei tudo por ti e voltaria a dar. o que custa mais mesmo é o sentir que já nao te tenho comigo, que já nao te tenho a meu lado com aquele "eu estou aqui, nao te preocupes. sabes que vou estar aqui sempre para ti", já nao tenho a tua ajuda. desculpa se te tenho afastado, mas só assim consigo começar a esquecer-te. conviver com a pessoa de quem gostamos todos os dias e ter de lhe chamar "amigo" é a parte mais dificil e, para já, nao é assim que quero ver-te. custa-me muito ter de te ignorar, de te responder mal, de fingir que não te ouço, mas ainda não consigo olhar-te nos olhos e ter de sorrir, por isso prefiro afastar-me um pouco, já que não posso ter-te tal como és e tal como gostaria. antes tenho de fingir que nao me lembro de tudo o que já vivemos. olho para ti e passa um filme de memórias na minha cabeça. sei que tudo vai mudar com o tempo, sei que ambos vamos ultrapassar um sem o outro, eu sei. sabes como sou, para mim tudo constitui um fiozinho de esperança: as minimas coisas, uma minima felicidade apenas ao pensar que tudo pode voltar atrás ("i'm queen of attention to details"). mas nao podes dar-me isso, eu sei. nao tens de me explicar nada, nem sequer justificar-te. sei que seguiste em frente ou, pelo menos, é o que aparenta.
pagava para nao estar tao presa ao passado mas desculpa, nao consigo "descolar-me" assim tão rapidamente. ainda estás imenso cá dentro, tal como todos os meses, todas as memórias, todos os sentimentos, todas as pequenas alegrias, todas as lágrimas, todas as borboletas na barriga. sei que deixei-te ir embora, eu sei, e isso dói. custa imenso ver-te a falar com outras pessoas, custa imenso ver-te livre, custa imenso ver que tens as mesmas brincadeiras e conversas com outras pessoas como as que tinhas exclusivamente comigo, custa imenso. mas custa ainda mais ter vontade de me agarrar a ti durante tempos infinitos e nao saber se posso ou se é a atitude correcta. de vez em quando queria aliviar as coisas. mas nao sabia o que fazer mais. se calhar estava demasiado convencida que gostavas a sério de mim e nao era verdade. por isso, nestes dias tenho-me convencido que idealizei uma pessoa que talvez nao existisse. mas é assim que crescemos, com os nossos erros e exageros. nao afirmo que ter partilhado contigo a melhor fase da minha vida tenha sido um erro. nao foi, nao foi mesmo. e a prova disso é que me sinto feliz sempre que penso em ti. sempre com as lágrimas nos olhos, é verdade... nao sei bem se de alegria ou de tristeza... creio que é uma mistura. dou por mim a pensar em ti, divagando, sem nunca saber o que fazer. olhando para ti tenho vontade de te abraçar e tentar compensar tudo o que perdemos até hoje, todos os momentos em que nao pudemos estar juntos, mas nao sei o que escolher. o coraçao ou a razao?
desculpa se algum dia te magoei e te fiz "morrer de sofrimento", desculpa por todos os momentos em que exagerei, desculpa por todas as vezes em que nao te liguei, desculpa pelos meus caprichos, desculpa pela ultima semana, DESCULPA ter-te deixado ir, desculpa todas as vezes em que me chateei sem razão, desculpa se permiti que se perdesse parte da magia. desculpa, a sério. desculpa ter querido tudo de ti, ter exigido que gostasses de mim de uma maneira certa, desculpa ter dado demasiada seriedade a tudo.
gostava de saber se ainda pensas em mim da maneira que pensavas, se tens vontade de estar comigo, se ainda te lembras de mim quando vais à garagem, se ainda lês o nosso livro e se tens lá posto "coisinhas que nos marcam todos os dias", se ainda te agarras à camisola a sentir o meu cheiro. creio que não, não é verdade? não faz mal...
sinto que não aproveitámos os ultimos dias que nos restavam como os ultimos. acho que é uma das coisas que me deixam mais triste... roubaste-me o chão de repente, nao me deixaste tempo de me despedir e dizer-te tudo o que queria, tiraste-me tudo... sei que nao aproveitámos os ultimos momentos.
desculpa se alguma vez te desiludi ou te dei o que nunca esperaste de mim. desculpa por aquela desilusão do rui, que te deixou chocado. desculpa pelas vezes que te fiz chorar.
és especial, a pessoa mais importante, e vais continuar a sê-lo. como te prometi, quando acabássemos, nunca te trocaria por ninguém.
é impossivel alguém substituir-te, substituir os nossos momentos, as nossas gargalhadas, aqueles momentos que só nos conhecemos... aqueles olhares cumplices que continuam a deixar-me feliz só de me lembrar...
se calhar isto nem faz sentido porque nunca vais acabar por ler, mas era o que a minha consciencia me ditava. que tinha de algum modo dizer que sinto a tua falta. desculpa, príncipe.
ninguém te vai substituir tao cedo, ninguém. apenas tu.
apenas tu e eu.
"AS ESTRELAS ACREDITAM EM NÓS"*
pagava para nao estar tao presa ao passado mas desculpa, nao consigo "descolar-me" assim tão rapidamente. ainda estás imenso cá dentro, tal como todos os meses, todas as memórias, todos os sentimentos, todas as pequenas alegrias, todas as lágrimas, todas as borboletas na barriga. sei que deixei-te ir embora, eu sei, e isso dói. custa imenso ver-te a falar com outras pessoas, custa imenso ver-te livre, custa imenso ver que tens as mesmas brincadeiras e conversas com outras pessoas como as que tinhas exclusivamente comigo, custa imenso. mas custa ainda mais ter vontade de me agarrar a ti durante tempos infinitos e nao saber se posso ou se é a atitude correcta. de vez em quando queria aliviar as coisas. mas nao sabia o que fazer mais. se calhar estava demasiado convencida que gostavas a sério de mim e nao era verdade. por isso, nestes dias tenho-me convencido que idealizei uma pessoa que talvez nao existisse. mas é assim que crescemos, com os nossos erros e exageros. nao afirmo que ter partilhado contigo a melhor fase da minha vida tenha sido um erro. nao foi, nao foi mesmo. e a prova disso é que me sinto feliz sempre que penso em ti. sempre com as lágrimas nos olhos, é verdade... nao sei bem se de alegria ou de tristeza... creio que é uma mistura. dou por mim a pensar em ti, divagando, sem nunca saber o que fazer. olhando para ti tenho vontade de te abraçar e tentar compensar tudo o que perdemos até hoje, todos os momentos em que nao pudemos estar juntos, mas nao sei o que escolher. o coraçao ou a razao?
desculpa se algum dia te magoei e te fiz "morrer de sofrimento", desculpa por todos os momentos em que exagerei, desculpa por todas as vezes em que nao te liguei, desculpa pelos meus caprichos, desculpa pela ultima semana, DESCULPA ter-te deixado ir, desculpa todas as vezes em que me chateei sem razão, desculpa se permiti que se perdesse parte da magia. desculpa, a sério. desculpa ter querido tudo de ti, ter exigido que gostasses de mim de uma maneira certa, desculpa ter dado demasiada seriedade a tudo.
gostava de saber se ainda pensas em mim da maneira que pensavas, se tens vontade de estar comigo, se ainda te lembras de mim quando vais à garagem, se ainda lês o nosso livro e se tens lá posto "coisinhas que nos marcam todos os dias", se ainda te agarras à camisola a sentir o meu cheiro. creio que não, não é verdade? não faz mal...
sinto que não aproveitámos os ultimos dias que nos restavam como os ultimos. acho que é uma das coisas que me deixam mais triste... roubaste-me o chão de repente, nao me deixaste tempo de me despedir e dizer-te tudo o que queria, tiraste-me tudo... sei que nao aproveitámos os ultimos momentos.
desculpa se alguma vez te desiludi ou te dei o que nunca esperaste de mim. desculpa por aquela desilusão do rui, que te deixou chocado. desculpa pelas vezes que te fiz chorar.
és especial, a pessoa mais importante, e vais continuar a sê-lo. como te prometi, quando acabássemos, nunca te trocaria por ninguém.
é impossivel alguém substituir-te, substituir os nossos momentos, as nossas gargalhadas, aqueles momentos que só nos conhecemos... aqueles olhares cumplices que continuam a deixar-me feliz só de me lembrar...
se calhar isto nem faz sentido porque nunca vais acabar por ler, mas era o que a minha consciencia me ditava. que tinha de algum modo dizer que sinto a tua falta. desculpa, príncipe.
ninguém te vai substituir tao cedo, ninguém. apenas tu.
apenas tu e eu.
"AS ESTRELAS ACREDITAM EM NÓS"*
sábado, 5 de abril de 2008
really alive? no
pensamos que toda a nossa vida se resume a uma semana em que evitámos pensamentos felizes, em que ignorámos o que se passou e que realmente nos faz sentir a nossa essência, sentir a plenitude e a lágrima no canto do olho. pensamos que por essa semana começámos a esquecer quem realmente nos amou. pensamos que por momentos, meros momentos em que nos rimos e tentámos passar por cima, conseguimos sentir que começamos a reconstruir a vida que tínhamos, feliz, mas sozinha. mas nao. nada troca, nem sequer uma semana feliz, 6 meses em que realmente me senti viva.
feel alive.
feel alive.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
life :D
tempo que passa, tempo que corre, tempo que sufoca, tempo que voa.
tempo que respira connosco, sente contigo, vive comigo. tempo que me escorregou, tempo que me marcou, tempo que me amou.
tempo que me magoou, tempo que sempre conviverá comigo, mas tempo que me ajudará a passar por cima. tempo que confia com os seus olhos grandes e pestanejantes, que inquieta ao primeiro trocar de nós.
confundimo-nos frquentemente, chocamos, cortamo-nos mutuamente com um pestanejar quente e um olhar diabólico. mas crescemos.
"vive o momento." afirmo e fundamento esta frase. partilha comigo o dia-a-dia desde que tudo se desmoronou à minha volta e em mim mesma.
porque não aproveitar a vida enquanto podemos, espremendo tudo de que somos capazes? todos os momentos mágicos, todas as inspirações e respirações ofegantes, todos os olhares cúmplices, profundos e penetrantes, todos os sorrisos felizes e puros? tudo! quem não prefere trocar lágrimas diárias mas sentidas, tristeza cambaleante, depressão , pelo lado bonito e resplandecente da vida? eu prefiro.
e começo a trocá-lo aos poucos. :)
tempo que respira connosco, sente contigo, vive comigo. tempo que me escorregou, tempo que me marcou, tempo que me amou.
tempo que me magoou, tempo que sempre conviverá comigo, mas tempo que me ajudará a passar por cima. tempo que confia com os seus olhos grandes e pestanejantes, que inquieta ao primeiro trocar de nós.
confundimo-nos frquentemente, chocamos, cortamo-nos mutuamente com um pestanejar quente e um olhar diabólico. mas crescemos.
"vive o momento." afirmo e fundamento esta frase. partilha comigo o dia-a-dia desde que tudo se desmoronou à minha volta e em mim mesma.
porque não aproveitar a vida enquanto podemos, espremendo tudo de que somos capazes? todos os momentos mágicos, todas as inspirações e respirações ofegantes, todos os olhares cúmplices, profundos e penetrantes, todos os sorrisos felizes e puros? tudo! quem não prefere trocar lágrimas diárias mas sentidas, tristeza cambaleante, depressão , pelo lado bonito e resplandecente da vida? eu prefiro.
e começo a trocá-lo aos poucos. :)
sábado, 29 de março de 2008
perfeição
6 meses. 6 meses que passaram a correr. 6 meses que ultrapassaram tudo. 6 meses melhores da minha vida. 6 meses chorosos, 6 meses sorridentes, 6 meses ansiosos, 6 meses contagiantes, 6 meses ofegantes, 6 meses inexplicáveis.
PERFEIÇÃO. Alguém alguma vez conseguiu definir? Não, mas creio que consigo lá chegar pertinho, bem pertinho, tangente. Perfeição é descrita por Harmonia, Efervescência, Imprevisão, Tentação, Omnipotência, Resplandecência. Diria ainda que ninguém imagina como é o carácter desta perfeição de que falo. É apaixonante. É impossível e ainda intensa. Tem um cheiro quente, exótico, viciante. Tacto forte, dominador, mas meigo ao mesmo tempo. Pensativa, incontornável, inacreditável. Impossível que uma palavra, ou até mais do que isso, consiga conter tudo isto, impossível que não emocione, impossível que não comova, impossível que não cative. Senti toda esta perfeição comigo durante 6 meses, e mantenho-a guardada juntinho ao coração. Inconcebível esquecer o quentinho, o aconchego, o conforto que traz com todos os passos leves que dá em cada momento, com o olhar comovido, profundo, penetrante.
PERFEIÇÃO. Alguém alguma vez conseguiu definir? Não, mas creio que consigo lá chegar pertinho, bem pertinho, tangente. Perfeição é descrita por Harmonia, Efervescência, Imprevisão, Tentação, Omnipotência, Resplandecência. Diria ainda que ninguém imagina como é o carácter desta perfeição de que falo. É apaixonante. É impossível e ainda intensa. Tem um cheiro quente, exótico, viciante. Tacto forte, dominador, mas meigo ao mesmo tempo. Pensativa, incontornável, inacreditável. Impossível que uma palavra, ou até mais do que isso, consiga conter tudo isto, impossível que não emocione, impossível que não comova, impossível que não cative. Senti toda esta perfeição comigo durante 6 meses, e mantenho-a guardada juntinho ao coração. Inconcebível esquecer o quentinho, o aconchego, o conforto que traz com todos os passos leves que dá em cada momento, com o olhar comovido, profundo, penetrante.
terça-feira, 18 de março de 2008
lost
desilusão. uma palavra muito forte. demasiado até. vivemos com ela todos os dias, temos de aprender a lidar com este e redimir-nos ao que está previamente escrito para a nossa vida, para o nosso futuro. mas será que há essas "mãozinhas mágicas invisíveis" que nos guiam e determinam tudo o que fazemos muuito antes de nascermos? não creio. tudo depende de nós. felicidade, alegria mas, sobretudo, tristeza, saudade, desilusão. se calhar porque foi aquilo que construimos e (porquê negar?) aquilo que mereceríamos. custa muito e dói até, ver aquilo de que gostamos mais do que de nós próprios afastar-se. ir embora, partir, sem justificações, sem sentido. para nós em sentido, porque em plena consciência tranquila fizemos tudo aquilo que era possível. mas de que valeu? de nada ("and i'm sick and tired of getting nowhere"). partiu à mesma, voou sem consideração por aquilo que sacrificámos. nem um olhar para trás, nada. nem uma palavra ou um pensamento de respeito para connosco, nada. valeu a pena? "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
é assim que me sinto. sem rodeios, é tudo isto: desgastada por ter dado tudo sem nada em troca nesta recta final, cansada de lutar pelo que realmente quero e sei que está certo. mas, pelo contrário, não há um "obrigada".
queria um "obrigado" com uma lágrima no canto do olho, de comoção e de saudade pelos tempos que já voaram, mesmo partindo. mesmo partindo, mas olhando para trás com orgulho e plenitude, pelo que fomos, pelo que éramos, pelo que poderemos vir a ser.
mas sou incapaz de apagar ou queimar todas as memórias que tenho guardadas na célebre caixinha debaixo da cama. um dia, se me sentir com extremo à-vontade para o fazer, fá-lo-ei. mas tudo ainda está demasiado fresco, demasiado superficial, supérfluo. está ainda tudo muito à flor da pele mas no interior do coração também. e vai continuar.
houve um pedido que me foi feito ao longo destes meses e que não sou capaz de quebrar: "quando o nosso mundo acabar, se tiver de ser, por favor, nunca o olhes como uma coisa qualquer". sinto-me perdida neste mundinho ("i'm not lost, i'm not lost, just undiscovered"), nestes sentimentos, sinto-me sozinha. mas, apesar de tudo, vou cumprir com o meu prometido.
mas... e a tua parte?
é assim que me sinto. sem rodeios, é tudo isto: desgastada por ter dado tudo sem nada em troca nesta recta final, cansada de lutar pelo que realmente quero e sei que está certo. mas, pelo contrário, não há um "obrigada".
queria um "obrigado" com uma lágrima no canto do olho, de comoção e de saudade pelos tempos que já voaram, mesmo partindo. mesmo partindo, mas olhando para trás com orgulho e plenitude, pelo que fomos, pelo que éramos, pelo que poderemos vir a ser.
mas sou incapaz de apagar ou queimar todas as memórias que tenho guardadas na célebre caixinha debaixo da cama. um dia, se me sentir com extremo à-vontade para o fazer, fá-lo-ei. mas tudo ainda está demasiado fresco, demasiado superficial, supérfluo. está ainda tudo muito à flor da pele mas no interior do coração também. e vai continuar.
houve um pedido que me foi feito ao longo destes meses e que não sou capaz de quebrar: "quando o nosso mundo acabar, se tiver de ser, por favor, nunca o olhes como uma coisa qualquer". sinto-me perdida neste mundinho ("i'm not lost, i'm not lost, just undiscovered"), nestes sentimentos, sinto-me sozinha. mas, apesar de tudo, vou cumprir com o meu prometido.
mas... e a tua parte?
segunda-feira, 17 de março de 2008
medo
"Sempre a mesma coisa :'( triste pelas coisas mais pequeninas mas que reflectem tudo. em certos momentos, as palavras "não me deixes nunca" fazem sentido; no segundo a seguir já sou mais uma coisa como as outras que empatam. é nojento. Não estou cá só para quando se precisa. Queria ser parte do dia-a-dia e motivo de alegria. (é impressionante como escrever nos permite deitar as más energias todas para fora, para não as descarregarmos noutras pessoas. é uma terapia) Mas porque é que quando mais quero me desprezam? Já faço parte da segunda escolha?! Opá, custa, custa mais do que tudo. Principalmente por quem o comete. dá vontade de chorar, mas há sempre que dar o lado mais forte, seguir em frente de cabeça erguida quandmenos temos vontade?! A desmotivação toma conta de nós. E então?! às vezes a indiferença que depositam nos nossos ombros é colossal. O interesse material sobrepõe-se e, na maior parte das vezes, já não há volta a dar. E se, aí, quiser ser eu a desprezar? a não dar importância? a irritar-me? (todo este texto só faz sentido para isso não acontecer) e magoa, nos momentos em que mais queremos demonstrar algumas coisas, que nos dêem mais uma 'patada'. E aí questionamo-nos se todos os sacrifícios que fizemos nos preencheram e preencheram a outra pessoa. é verdade que muitas vezes não transparecemos o que verdadeiramente sentimos e isso é perdoável... pode ser que seja esse o caso. e a simpatia revelada para com outros menos nós leva-nos a acreditar que o problema é NOSSO. e não será? Apetece tanto desaparecer nesses momentos... fazer a nossa vida de sonho realizar-se sem estes contratempos ridículos. (a terapia resulta completamente, posso comprová-lo) Mas nestes casos, a solução mais fácil é fingir que nada se passa e sorrir com aquele riso típico que acaba por fazer de 'capa' dos nossos problemas. é isso que estou a fazer neste momento. a seguir em frente e a esquecer os erros dos outros. mas será que quando sou eu as pessoas fazem o mesmo? utilizam uma terapia para esquecer? para me encarar da mesma forma? e aí, aí sou eu que tenho medo de perder. e todas essas questões não viriam à minha cabeça se não fosse esse o motivo. o medo que me esqueçam. o medo que esqueçam lentamente."
sexta-feira, 14 de março de 2008
borboletas
6 meses que passaram num instante, corridinhos. 6 meses longos mas curtos, de "chorar por mais". 6 meses, aliás, mais até. 8 meses marcados de borboletas na barriga, magia, excitação, histeria, êxtase. mas sobretudo a vivência de cada dia como se fosse o último ("love me like you'll never see me again"), sem querer perder um único momento ("i don't wanna miss a thing"), como se pudéssemos até morrer com uma simples ausência de um olhar ou um sorriso mínimo ("baby, don't kill me tonight"). foram 6 meses intensos, é verdade, mas também 6 meses que se perderam num abrir e fechar de olhos, que correram como o vento. que se perderam numa magia maravilhosa e inexplicável, sem motivo aparente. restam umas meras memórias. fortes, seguras, confidentes e felizes :) dia 16 de agosto de 2007, dia 1 de setembro de 2007, dia 9 de janeiro de 2008, 14 de favereiro de 2008. dia 29 de fevereiro de 2008, o fim de uma quimera brutal, forte. mas que ninguém me tira, ninguem mesmo. ninguém que pode roubar o que se passou. o futuro ninguém sabe, desse ninguém esta certo. nao podemos prometer nada quanto ao futuro. mas e quanto ao presente? será que custa assim tanto dizer ao outro o quanto sentimos a sua falta e precisamos dele? será que só quando nos afastamos de algo é que só compreendemos a fala que nos faz? o que precisamos disso? será que apenas ai damos o devido valor? quando já tudo fugiu e está loonge, voou, como o vento? "é a fraqueza da espécie humana, como alguém diria". mas eu vou estar sempre aqui, sempre. lutando por mim, por ele, por nós.
as borboletas voaram. "mas tudo o que é verdadeiramente nosso, volta."
as borboletas voaram. "mas tudo o que é verdadeiramente nosso, volta."
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