domingo, 27 de março de 2011


Após dias, meses, anos, cá estou eu outra vez a precisar de desabafar. Desta vez, acho que será necessário mais do que este texto, muitos mais, para que tudo o que tem implodido, exploda da forma correcta.
De facto, os últimos dias têm sido invernosos e frustrantes. Irritantes, ao fim ao cabo. Nervos sempre em franja como é hábito de uma rapariga, mas multiplicando por infinito (se é que isto é possível). Tudo apenas por uma brincadeira mal entendida que, inconscientemente e sem pitada de maldade (acho eu...), acertou em cheio na ferida. Novamente, como é hábito de uma rapariga, todo o tipo de filmes inimagináveis foram encorpando um molde e materializando-se. E, neste momento, cá me encontro eu num momento muito típico de Margarida do passado: pensar demasiado, moer atitudes e repensar acções. Mas porquê? Porque é que insisto em massacrar a minha cabeça com pensamentos impraticáveis quando nunca me deste motivo para metade deles? Como é que sou capaz de imaginar cenários relativamente a ti quando és, neste momento, o que de mais certo tenho? Desabafo aqui para não te bombardear com estas suposições ridículas que, provavelmente, há um ano atrás teriam feito sentido mas no PRESENTE simplesmente não têm qualquer explicação. Porque, quando menos esperava, realizava o inimaginável: mudava-te e mudava-me. Moldei-te(me), aperfeiçoei-te(me). Como me disseste já uma vez: passado é passado e não está necessariamente relacionado com o presente, muito menos com o futuro. Por agora (e estou tentada a dizer que por mais uns tempos), mantém-te aqui, junto a mim.

sábado, 13 de março de 2010

"dá-me um abraço que seja forte, e me conforte a cada canto"

sem inspiração, sem motivação e sem propósito. onde se encontra o meu "eu" mais genuíno, o meu "eu" mais verdadeiro? mudou? não. desapareceu? não.. está preso, isso sim. preso no espaço onde o corpo se encontra, preso no corpo e preso dentro de si próprio. como se de uma caixinha de segredos se tratasse, o meu "eu" escondeu-se e preferiu guardar-se para tempos épicos.
por vezes questiono-me: se me encontro nesta desolação de quando em vez, se sinto que não tenho quaisquer pilares, se os meus objectivos se perdem na infinidade das minhas complexas teorias filosóficas (pretendendo descortinar algum do sentido desta vida de adolescente que levo...), o que faria se REALMENTE não tivesse saída de uma situação horrenda? se toda a minha existência dependesse de outrem? se tivesse que mendigar para receber uma mínima moeda na palma da minha mão? se todo o meu esforço se concentrasse com uma finalidade e ao fim de cada longo dia, cada vez mais infinito, me encontrasse exactamente no mesmo sítio? se todos os meus propósitos se desvanecessem, não por vontade própria, mas por vontade do que a sociedade sente que eu deva receber?
todos estes pensamentos me atropelaram num dia em que me senti frágil e que me levou a pensar realmente sobre a minha vida e a dos que se encontram à minha volta. coloquei uma moedinha de cinquenta cêntimos na mão de uma desconhecida, de idade já avançada, que se encontrava sentada no chão, cabisbaixa (certamente a pensar na sua vida, muito pior que a minha, que casualmente julgo tremenda, sem qualquer motivo relevante). o seu sorriso invadiu-me, encheu-me de alegria e as suas lágrimas foram partilhadas comigo. "muito obrigada menina, que Deus lhe dê muita saúde e muita sorte na sua vida". impressionante: a forma como cada um pode mudar a vida do outro. certamente, esta senhora tornou o meu dia épico (por que esperava há muito tempo) mudou muitas das minhas percepções quanto à justiça e à igualdade, mas CERTAMENTE e PRINCIPALMENTE, mudei o seu dia por um simples gesto afável e de lágrima no canto do olho.
que sociedade é esta que atropela os mais frágeis? onde se encontra o conceito de tolerância? porque nos fechamos sobre nós próprios, como se mais nada existisse no nosso mundo egocêntrico, e contribuímos para esta desigualdade cada vez mais abrangente?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

balançar


Um sentimento horripilante preenche o espaço guardado ao futuro. Um sentimento aterrorizante trespassa-me como lança, um sentimento que nunca havia intersectado sequer a minha mente. Um sentimento de solidão preenche-me os olhos que, leais como são à mente, choram todo o meu medo. Um sentimento de distância preenche o meu coração porque o sentimento que realmente sinto hoje é abandono.
Não um abandono qualquer, um abandono abúlico que poderá abanar toda a minha existência e destruir um dos alicerces que contribuiu para aquilo que sou, e sinto, hoje.
Sinto já a casa a ceder, algumas pedras rolam, um sopro poderá apagar tudo e eu sinto toda uma necessidade de me/te reconstruir. Corro ansiosamente com as minhas ferramentas para a salvação mas a cada passo que dou freneticamente para que nada se desmorone, sinto-me frágil e não consigo chegar a tempo. Ajuda-me por favor! Ajuda-me, já não consigo reerguer toda a construção sozinha... Preciso que lutes uma vez mais para construir uma casa nova, em que vivas comigo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

MM



Hoje estou contente: são os anos da minha princesa e HOJE percebi que consigo contrariar um dos ditados populares mais antigos. “LONGE DA VISTA, LONGE DO CORAÇÃO”. Totalmente mentira minha Marg, corrijo: “QUANTO MAIS LONGE DA VISTA, MAIS PERTO DO CORAÇÃO”. Poderia até dizer que estás tão perto do meu coração que chegas a encarná-lo. O teu batimento cardíaco faz-me acelerar ou acalmar, faz-me divertir ou ficar cautelosa, sobretudo faz-me sonhar mais alto ou mais baixo dependendo da força com que bombeias o sangue que NOS corre nas veias.
Sim, minha Marg, és a mesma pessoa que eu em espírito, em personalidade. Surpreendes-me com as tuas atitudes porque me revejo tanto nelas… algumas delas para que te alerto por ter feito exactamente o mesmo em tempos longínquos, permitindo-te que esteja lá alguém para amparar a queda dos mesmos erros que eu mesma cometi em tempos e para os quais não fui amortecida; outras delas que me espantam por representarem todas as minhas acções, todos os meus pensamentos.
Dizes que aprendes comigo mas não, essa é outra situação que reverto hoje: EU aprendo contigo porque és para mim um símbolo, complementas tudo aquilo que gostaria de ser mas não sou capaz. Gostaria de ter ainda a ingenuidade (no bom sentido) que às vezes demonstras e me faz sorrir recorrentemente. Estou um pouco nostálgica porque sinto próximos os meus 18 anos e gostaria de reviver tudo aquilo que vivi com a idade que tens agora, gostaria de ser tudo aquilo que és HOJE.
Por isso, continuarei a encarar-te como a Maria Margarida mais nova porque não só estás mais próxima de mim do que alguma vez poderia julgar possível como REALMENTE vives em mim.

domingo, 1 de novembro de 2009

freedom


caminho descontraidamente por entre as árvores, com a minha mente pensativa como habitual. reflicto sobre os últimos anos, sobre as últimas alegrias e as últimas tristezas. reflicto sobre os momentos marcantes e sobre as memórias que me vêm à cabeça milagrosamente, que estavam guardadas nos confins dos últimos tempos. reflicto sobre o que fui, sobre o que sou e sobre o que poderei vir a ser.
sempre tive este defeito de meditar demasiado sobre as coisas, sobre o que digo e faço, de ponderar bem o próximo passo a dar. mas hoje este defeito tornou-se uma qualidade porque me garantiu que hoje é um dia diferente. hoje é o dia em que virei a pagina e em que decido esquecer tudo o que de mau me aconteceu, para deixar permanecer de modo mais forte o que de bom tive.
hoje é também o dia em que decido deixar de ser uma pessoa tão receosa e tão agarrada às regras. hoje é o dia em que me liberto e passo a ser eu, nos bons e nos maus momentos. porque só assim acredito que poderei dar o meu melhor quando for preciso, sem ponderar muito o que dizer ou fazer.

HOJE É O MEU DIA :)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

used to be

nao imaginas como as vezes sinto a tua falta. pura e simplesmente por seres tu. nao precisava de tudo o que antes faziamos, precisava só, somente, da tua presença e do conforto que me davas como ninguém sabia, precisava das tuas palavras de amigo quando tudo parecia desabar à minha volta. aguentaste-te forte durante bastante tempo, moveste tudo por minha causa e tornaste-te uma pessoa melhor.
mas, de repente, as coisas deixaram de funcionar... o conforto que antes era tudo deixou de haver ou nao era a mesma coisa, nao era aconchegante para se tornar uma rotina que parecia que cada vez se tornava mais stressante, mais incomodativa. e porque? porque tudo o que havia começou a desaparecer: nao o condeno, condeno sim que a nossa amizade tenha desaparecido. mudamos, tornamo-nos mais frios e mais exigentes, mais crescidos. mas com o nosso crescimento deveria ter-se mantido uma amizade simples e verdadeira como a que existia antes, mas nesse sentido a unica coisa que fizemos foi regredir, passar de melhores amigos (já nem digo outra coisa) a conhecidos... nao suporto a maneira como me olhas agora, nao suporto o facto de constantemente me atacares com palavras rudes so para mostrar que és superior. sou sincera, odeio a pessoa em que te tornaste. quem te conhece sabe que és perfeitamente o oposto da pessoa que mostras agora.
nao me arrependo de nada do que tive, disse ou fiz contigo. arrependo-me sim do que nao tive coragem para dizer ou fazer, de ter tido medo de avançar contigo e dar um passo em frente, porque percebo agora que AQUELA PESSOA era a unica merecedora do que tinha para dar.
agora é tarde demais e sinto-me obrigada a sim, dar um passo em frente, mas sem ti: porque tudo o que aconteceu ficou la atras, com boas memorias. se tentassemos muda-lo agora nada faria sentido.

AS ESTRELAS ACREDITAVAM EM NOS

domingo, 11 de maio de 2008

O2


and how am i supposed to tell you how i feel?

i need oxygen!